Contratos inteligentes: A revolução nos negócios com o Drex

Por Conteúdo e Produto – 20/10/2024

 

O Banco Central inicia a segunda fase de testes do Drex (moeda digital brasileira) abrindo espaço para a participação de empresas, focando em negócios baseados em contratos inteligentes. A nova etapa, que vai até 29 de novembro, promete aumentar a eficiência e reduzir custos em transações financeiras.

Testes Segunda Fase: Contratos Inteligentes

Nesta fase do projeto, as empresas participantes poderão testar a viabilidade de modelos de negócios que envolvam contratos inteligentes. Criados a partir da tecnologia blockchain, esses contratos automatizam e executam os termos e condições de um contrato assim que eles são ativados. Isso significa que processos como transferências de dinheiro, pagamento de multas, ou registro de transações ocorrerão de forma automática, sem a necessidade de intermediários ou etapas burocráticas. Uma inovação que promete revolucionar a maneira como negócios são feitos no país.

Conforme informou o Banco Central em nota, “Poderão participar do projeto-piloto instituições atuantes no mercado financeiro que necessariamente tenham a capacidade de testar o modelo de negócios proposto, incluindo transações de emissão, de resgate ou de transferência de ativos, bem como de executar a simulação dos fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação, quando aplicável ao caso em teste”

Negócios como compra e venda de imóveis, veículos e ativos agrícolas serão especialmente beneficiados, uma vez que os contratos inteligentes eliminam a necessidade de negociações manuais e envolvimento de terceiros. Um exemplo prático é a venda de um veículo, onde o sistema automatizado garante que tanto o pagamento quanto a transferência de documentos ocorram simultaneamente, evitando possíveis disputas ou atrasos.

Essa inovação tem potencial para reduzir custos e acelerar as operações, uma vez que tarefas tradicionalmente lentas e caras, como escrituras e registros em cartório, podem ser realizadas digitalmente e de forma automática.

Testes Primeira Fase: Lançando as Bases do Real Digital

Os primeiros testes com a versão digital do real começaram em março de 2023. Nessa fase inicial, o foco foi na testagem da plataforma de registro de ativos financeiros.

Em agosto de 2023, a Caixa Econômica Federal (CAIXA) e o Banco do Brasil (BB) realizaram o primeiro teste prático, envolvendo a transferência de reservas bancárias entre as duas instituições. Essa operação foi um marco importante, pois mostrou a funcionalidade básica do Drex no ambiente piloto do Banco Central.

A operação realizada entre esses bancos envolveu transferências de reservas bancárias onde os valores foram transferidos da carteira do BB para a CAIXA e depois retornados para a carteira do BB.

“O Drex é mais uma iniciativa bem-sucedida, em que teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização . O teste realizado entre os dois bancos é mais um passo importante do projeto e demonstra nossa capacidade de incorporar novas tecnologias e inovações aos nossos modelos de negócio” Tarciana Medeiros, Presidenta do Banco do Brasil.

Em setembro de 2023, novos testes foram realizados, simulando operações financeiras que visavam avaliar a segurança, privacidade e agilidade do Drex. Essas operações envolveram desde depósitos em contas de reservas bancárias até transações com títulos do Tesouro Nacional. Essa fase foi fundamental para garantir que o sistema pudesse lidar com grandes volumes de transações e preservar a privacidade dos usuários.


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Blockchain e a Tokenização

A tecnologia blockchain (corrente de blocos, tradução livre) é um sistema de banco de dados avançado que permite o compartilhamento seguro e transparente de informações. Ela organiza os dados em blocos interligados que formam uma cadeia, onde cada bloco depende do anterior, garantindo que os dados sejam consistentes e imutáveis.

Sua importância está na capacidade de evitar fraudes e erros em transações, eliminando a necessidade de uma autoridade central para validar dados. Por exemplo, em uma venda de imóveis, a blockchain cria registros imutáveis para ambas as partes, atualizados em tempo real. Caso qualquer dado seja alterado, a mudança seria imediatamente detectada, protegendo a integridade das transações. 

Tokenização é o processo de converter ativos físicos em digitais. Dividindo o ativo em pequenas partes digitais, representadas por tokens,  eles são armazenados em uma rede blockchain, que organiza as informações de forma segura e interligada.

Atrasos no Projeto

A princípio, o lançamento do Drex estava previsto para o final de 2024 ou início de 2025, mas uma série de fatores retardou esse cronograma. Entre os principais motivos, destacam-se as paralisações de servidores do Banco Central no início de 2023, que impactaram o andamento de diversos projetos, incluindo o Drex.

 

Os testes com o Drex seguem em ritmo acelerado, e a segunda fase promete trazer inovações significativas. O objetivo final é lançar o Drex até o fim do primeiro semestre de 2025, permitindo que o Brasil ingresse na era das moedas digitais com um sistema seguro, ágil e eficiente. Transformar o sistema financeiro brasileiro e oferecer novas oportunidades para o mercado.

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